Região já soma 1.800 focos só neste ano, superando os 1.324 dos doze meses de 2024
O combate à dengue na região segue desafiador. De acordo com a Regional de Saúde de Tubarão, a região já soma 1.801 focos do mosquito Aedes aegypti encontrados este ano - considerada uma série histórica dos últimos dez anos, mas sem motivos de comemoração. No ano passado inteiro, foram 1.324 focos encontrados (sendo 1.003 de janeiro a julho) e, em 2023, a soma total foi de 557 focos.
Somente em Tubarão, cidade com maior número de incidências, os focos encontrados já totalizam 768 – contra 378 em todo o ano de 2024. Os quatro bairros com maior número de focos no município são Oficinas, com 211; Centro, com 116 focos; Vila Esperança, com 97; e Santo Antônio de Pádua, 72.
Segundo a bióloga da Regional da Saúde, Sabrina Cardoso, os números são preocupantes e assustadores. “Nunca tivemos tantos focos como estamos tendo este ano. É o nosso pior cenário desde que iniciamos o monitoramento, em 2015. Isso nos deixa bastante temerosos porque mesmo no inverno continuamos tendo registro do mosquito na nossa região, o que não acontecia nos anos anteriores”, ressalta.
“Estes números nos deixam bastante preocupados não apenas em relação à dengue, mas também à febre do Chicungunya, que é uma outra doença que nos preocupa porque entrou no estado novamente este ano, provocando vários óbitos – inclusive a taxa de letalidade está maior do que a da dengue em nível estadual. Então se nós não conseguirmos combater o vetor, muito provavelmente quando realmente chegar o período sazonal, no verão, teremos muito mais problemas”, alerta Sabrina.
Para tanto, a população precisa auxiliar, pede a bióloga, “porque nosso problema maior está nos imóveis das pessoas que não fazem o que chamamos de ‘tarefa de casa’, que é eliminar os depósitos com água”, pontua.
Dengue
Em relação ao número de registros de dengue, a região soma 40 desde o início do ano - Imbituba e Tubarão com as maiores incidências, com 14 e 13 casos, respectivamente.