Santa Catarina é o segundo maior exportador de carne de frango do Brasil
Diante da confirmação de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) de Santa Catarina e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) emitiram uma nota técnica com medidas sanitárias visando garantir a proteção do estado e dar segurança aos países importadores.
Com isso, Santa Catarina emite alerta máximo para que a avicultura comercial reforce as medidas de biosseguridade. Além disso, o estado intensifica as ações de defesa sanitária animal, entre elas estão a análise da movimentação e produtos de origem animal vindos da região do foco; o direcionamento da atividade de vigilância ativa em propriedades que receberam animais daquela região nos últimos 30 dias; e orientação aos Postos de Fiscalização Agropecuária (PFFs) da divisa sul para intensificar a inspeção documental e física de todas as cargas de aves e ovos férteis provenientes do Rio Grande do Sul.
“Santa Catarina é o segundo maior exportador de carne de frango do Brasil, e isso se deve à implementação das normas de biosseguridade na avicultura e ao trabalho da defesa sanitária, por meio da Cidasc. Estamos vigilantes e reforçando todas as medidas para impedir a entrada dessa doença em Santa Catarina. Precisamos que cada um faça sua parte”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini.
Cuidados
Os produtores devem reforçar as medidas de biosseguridade e proibir visitas de pessoas alheias ao sistema de produção. “Cabe à Cidasc, a todo o setor produtivo e à sociedade vigiar. Importante também avisar a Cidasc em caso de suspeita de doença nas aves ou de alta mortalidade, além de cuidar muito da biosseguridade de sua produção. Cuidados com a água, com a ração, com telas, calçados e roupas, não ter visitas para entrar no aviário. Fechar as aves de subsistência em um local telado, pois sabemos que o vírus está circulando e temos que manter as aves silvestres afastadas desses ambientes. Importante saber que a carne de aves e ovos não transmitem a doença ao ser humano, podem e devem ser consumidos normalmente”, pontua a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos. Esse é o primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil.
Suspensão
Desde o anúncio do primeiro caso de IAAP no país, China, União Europeia e Argentina suspenderam as importações de carne de frango brasileira, inicialmente por um prazo de 60 dias. Apesar do foco ser regional, as restrições comerciais, no caso da China e do bloco europeu, abrangem todo o território nacional, por exigências previstas em acordos comerciais com o Brasil.