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MILTON ALVES

24/06/2025 06:00

O morador de rua  

Heloísa Cabral, secretária municipal de Assistência Social, Mulher e Família, afirmou ontem que já é bastante visível a redução do número de moradores de rua em Tubarão. Aqueles grupinhos integrados por homens e mulheres que se enxergavam diariamente em locais específicos da cidade como Praça Sete e antiga Rodoviária, fazendo bagunça e deixando um rastro de sujeira, já não se formam mais. Não se trata de terem sumido todos. Afirmar isso seria enganar a população, pois de fato ainda tem alguns perambulando pelas ruas da cidade. Todavia, o volume é bem menor.

O destino deles 
Aliás, a comprovação pode ser obtida nas planilhas preenchidas com os dados de cada um dos moradores de rua cadastrados pelas forças tarefas organizadas pela pasta comandada por Heloísa. Elas especificam que muitos deles optaram por aceitar um apoio para voltar às suas cidades de origem; outros retornaram para suas casas ou casa de familiares aqui mesmo em Tubarão; e um terceiro grupo - os de alcoolistas e dependentes de drogas - aceitaram a internação em comunidades terapêuticas.

Não se pode parar 
Heloísa destaca, porém, que o trabalho precisa ser mantido e constante, tanto no acompanhamento semanal ou quinzenal dos que optaram por “trocar de vida” quanto na manutenção das forças-tarefas para visitar os pontos usados como alojamento na cidade, já que de vez em quando aparece um homem, uma mulher ou até mesmo um casal com filhos, neste caso uma nova família, oriunda de outras cidades. “Morador de rua sempre vamos ter, pois eles migram de outras praças e ninguém pode impedi-los de entrar e ficar em Tubarão”, afirmou a secretária.

Os novos tempos 
A diferença, segundo a secretária, é que agora é possível saber quem e quantos são, de fato, os moradores de rua que abandonam suas casas na cidade, ou que passam e se instalam por aqui. O cadastro também possibilita identificar se são de fora ou aqui mesmo de Tubarão. Não obstante, a prefeitura tem hoje nas parcerias que tem feito com entidades e instituições, todo um mix de ofertas que permitem ajudar esses moradores ou andarilhos marginalizados a se reintegrarem em suas famílias e na sociedade.

Acima de tudo mais dignidade
Dar dignidade a eles é o principal objetivo, pois se quiserem a prefeitura vai até mesmo auxiliar na busca de um emprego. Segundo Heloísa: “quem quiser trabalhar vai ter uma chance; quem quiser se recuperar do vício, vai ter uma oportunidade para tal; quem quiser só passar pela cidade ou aqui ficar alguns dias, também será recebido; todavia, terá que ficar num abrigo onde vai tomar banho, se alimentar e dormir. Vamos fazer de tudo para que ninguém fique mais debaixo das marquises, dormindo nas calçadas” concluiu a secretária. 

Diário do Sul
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