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MILTON ALVES

30/05/2025 06:00

A caravana do PSD

João Rodrigues, prefeito de Chapecó e pré-candidato ao cargo de governador nas eleições do ano que vem pelo PSD, está no Sul desde ontem. Veio para ajustar os últimos detalhes do grande evento que o partido promoverá no dia 5 de junho em Criciúma, quando receberá figuras de renome nacional que virão ao estado para incrementar o movimento em torno de candidaturas próprias às majoritárias em 2026. E foi justamente por Criciúma, palco do evento no dia 5, que Rodrigues iniciou a caminhada preparatória desta semana. Ontem mesmo o prefeito de Chapecó já se reuniu com lideranças do partido na Amrec e com os profissionais que organizarão o evento da semana que vem.

Araranguá e Tubarão
Nesta sexta-feira pela manhã, João Rodrigues vai a Araranguá para incrementar o movimento entre os correligionários da Amesc e depois se desloca para a Amurel, onde visitará alguns municípios no período da tarde, chegando a Tubarão no final do dia para uma coletiva à imprensa, seguida da participação na solenidade de abertura da Feira Agropecuária e de um encontro mais tarde com os correligionários do PSD da região.

O projeto de Rodrigues
Longe de querer colocar em dúvida os anseios e as palavras do ex-deputado, ex-secretário de estado e hoje prefeito da maior e mais importante cidade do Oeste catarinense. Penso que Rodrigues realmente tem a “disputa da cadeira de governador” como a grande meta de sua vida política e não teria por que, neste momento, brincar com a esperança e os sonhos dos partidários do PSD e seus seguidores espalhados por SC, promovendo pelos quatro cantos da nossa terra encontros gigantescos que, de forma proposital, estariam fadados apenas a um projeto de “fazer de conta”. Não, isso não. João realmente está falando sério.

Será um balão de ensaio? 
Todavia, e não vejo como sendo um pensamento surreal, malicioso ou especulativo, lembrar o que aconteceu em 2006, quando o então governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) se lançou candidato à reeleição como franco favorito, a princípio sem nenhum adversário que tivesse forças para enfrentá-lo, mas aí surgiu no contexto político da ocasião um pretendente do então PFL, ex-prefeito de Lages, chamado Raimundo Colombo, prometendo a todos que, de forma “irreversível”, sem que houvesse qualquer outra hipótese, a sigla teria candidato com ele concorrendo a governador, apoiado por partidos de centro-direita, para desbancar Luiz Henrique do comando de Santa Catarina. E ficou mais de meses afirmando isso em reuniões espalhadas pelo estado afora.

Foi parar no Senado
Quando chegaram as convenções, momento em que a onça bebe água, mesmo com as pesquisas destacando Colombo, apesar do favoritismo ainda ser totalmente de Luiz Henrique, o PFL desarma o palanque, se alia ao PMDB numa tríplice aliança com o PSDB, enfraque a centro-direita e leva a eleição de lavada, com Raimundo Colombo virando senador aliado a LHS. O “irreversível e sem qualquer outra hipótese” era apenas um balão de ensaio. Ou seja: este filme eu já conheço. 

Diário do Sul
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