Na semana passada, escrevi aqui sobre Raimundo Colombo e Carlos Moisés, dois ex-governadores de Santa Catarina que, embora associados a movimentos de direita, relutaram em fazer gestos de arminha e pagaram com a saída dos holofotes principais da política estadual. Nem sempre as eleições premiam a coerência, mas isso faz parte do jogo democrático. Houve, no entanto, quem tenha ouvido o canto da sereia autoritária. Quem tenha construído sua formação política em bases coerentes, mas corrido atrás de um falso mito porque as pesquisas de opinião pública apontavam naquela direção. Foram eleitos, mas o oportunismo também traz obstáculos. A incoerência já cobra seu preço quando um governante precisa se sujeitar às vontades de uma horda ensandecida que se sente responsável pelo seu sucesso. E se a maré virar? Quem irá acreditar que a adesão ao cloroquinismo não era para valer? Lembremos que Jair Bolsonaro, certa feita, classificou o nascimento de sua quinta filha, a única mulher, como uma “fraquejada”. Teriam esses liberais de berço fraquejado ante a perspectiva de poder?
Novas federações
O prazo para formação de novas federações partidárias se encerra apenas em abril, seis meses antes da eleição. Portanto, até lá ainda será tecnicamente possível unir partidos por quatro anos em busca, principalmente, do vencimento da cláusula de barreira. Na prática, as federações funcionam como um único partido.
Aviação regional
O governo de Santa Catarina lançou o programa Voa + SC, que visa incentivar o transporte aéreo regional. Ainda não foram anunciadas as bases, mas fica criada a expectativa de que o Aeroporto de Jaguaruna possa realizar voos locais, não restritos apenas a trechos para São Paulo.
